Thursday, October 20, 2011
mas também
Tuesday, October 5, 2010
números
Sunday, October 3, 2010
epigraph epitaph
sábador
Friday, October 30, 2009
Treppen der Nacht
Regen sieht nicht.
Atme nicht wenn Dunkel!
Dunkel erstickt.
Lache nicht wenn Stille!
Stille trauert.
Lebe nicht wenn Zeit!
Zeit nimmt.
Bleibe!
Der Mann mit den nassen
Händen schaut zu dir her.
Schau nicht. Seine Hände
sind alt.
Warte!
Pyramiden waren
nicht auf Anhieb stabil.
Die Steine, die fallen,
sind hart.
Stehe!
Die Frau mit den schmalen
Lippen fällt Urteile.
Genüge ihr nicht, sie
verfehlt.
Liege!
Laß deine Schenkel Bahn
sein. Am anderen Tag
widerlegte dein Fleisch
Gottes Fluch.
Hoffe!
Die Betenden blenden im
Zorn die Verzweiflung.
Weiß sind die Knochen, wenn
Sonne sie sieht.
Ende!
Kein Anfang hat Trost
für die Sache des Glücks.
Auf die Treppen der Nacht mündet
strauchelnd ein Fluß.
Monday, August 31, 2009
Noturno motard (Nacht und Traum)
Vou atrás do farol, vou por onde
Até onde ele me puxa e vai
Ele conduz e é ele a pensar
Na escapatória no derrapar
Das tuas mãos soltas dos meus flancos
A ficarem p’ra trás sem sequer um adeus.
Desembarcar não precisa de mar, basta uma atitude
Desembarcaste algures e não por minha mão.
Por mim posso sempre travar e aguardar
O hastear do sol
O inflamar dos vidros na labareda
Sobre aldeias rápido invisíveis
Até posso ficar-me por aqui
A vaguear até que a vida aperte
E a saudade recobre da anestesia.
Posso, se a sorte o decidir
Deslizar a encosta em ponto-morto
Ou gemer em primeira ao encontro
Do corta-fogo por desvendar
Ferida entre o verde por rasgar
Onde só águas erram no inverno.
Foi-se abaixo, as tuas mãos ficaram lá atrás
Lá onde o teu rosto me perdeu na noite
Lá onde a lembrança ainda me chama
A beber do teu corpo entrelunar.
Pouco mais resta que dormir, acordar
sentir o ramo mais alto a cantar
À ternura do vento.
Canta p’ra mim que não tenho que diga
Fez-se manhã, é pouca a gasolina
Apenas faço por seguir a luz.